segunda-feira, 26 de maio de 2003

o olhar cansado e o corpo me olhando indignado. os pés que freiam o nariz que sente a palma do pé o dedão da mão
a calça que veste a sandália
que calça
a saia que roda as tiras que
saem
a chuva evapora
o disco furado o som quadrado
oculos escuros
a água que bate o quebra cabeças
batata da perna asa da xícara dente de leite
leite em pó
pó que risca
maçã verde banana maçã azul esverdeado
triangulo das bermudas
cego calado
moreninha branquinha
parentes quadrados
dados girados
gosto branco rosto amargo

dor aguda
doença grave
versos claros dia cheio cançao alegre
alto mar
baixa estação

urso de pelúcia em forma de cachorro

quinta-feira, 15 de maio de 2003


no brain, no pain

domingo, 11 de maio de 2003

quarta foi dia de ir ao dentista.
uma das 2 tardes livres eh a da quarta e tenho que pre enche la com medicos.
foi dia de ir ao dentista a pe
foi dia de ir ao dentista no sol. e demorar, lendo Epocas de epocas atras.
quarta a tarde foi tarde de ir ao dentista....


mas eu vi um Beagle.
e tudo se resolveu.

sexta-feira, 2 de maio de 2003

ai todo mundo quer nomea los. eh um pássaro, um avião....
não. são só os sentimentos. as emoções q não ponho pra fora no "mundo real". pq, acreditem, eu sou muito racional no mundo real.
mas qdo sonho ou pinto, eh tudo desigual mas eh ate um desigual interessante. mas não têm nomes
como eh q eu vou nomear aqueles sonhos que - ele, so ele alem de mim tem alguma ideia da imensidão q o mundo eh quando eu sonho - sao mais que simples sonhos.
eu nao posso dar nomes aos meus quadros. Porque quem da nomes aos quadros sao os grandes artistas, e uma menina de 12 anos ja sabia que nao era uma grande artista mesmo levando muitos elogios do seu Mestre ganhador de centenas de premios la fora e aqui.

MAS uma menina de 8 anos nao sabia q nao era muito. Dai eu nomeava sim meus desenhos.
passava horas e horas so pensando qual seria o nome.
seria ate fácil se, como uma menina normal, eu desenhasse casas e nuvens, e escutasse musica da xuxa ao invés de escutar e dançar Bolero de Ravel no escuro.
nao nao eram casas e sois. eram animais. mas nunca antes vistos, uma especie de mistura de dinossauro com outros animais imaginários, mas meio assustadores, ate uns devorando os outros..sei la.... e eu inocente mostrava aos meus pais como se fosse um desenho qualquer de criança. Mostrava também as maquinas que eu inventava. Pra recriar dinossauros ou pra reciclar cascas de banana....como se fossem sois, e arvores.
Me lembrei até o quão estúpida eu fui ao mostrar inocentemente o “livro” que eu escrevi. Escrevia vários deles, costurava com agulhas e linhas coloridas, mas sempre as folhas eram demais para pouca estória. Então eu escrevia duas. Uma de um lado e outra do outro. Essas sim eram alegres e ilustradas.
Mas, sim, o livro que estava lembrando não era nenhuma historia infantil apesar dos erros de português da menina que não sabia nem escrever Sheakspeare nem Rolling Stones nem sabia o significado das frases de Descartes. Mas mesmo assim eles estavam no livro e a frase de descartes foi discutida (isso eu tenho vergonha). Mas o pior não eram os erros. O pior era a crueldade do personagem. O pior eh q era quase um livro de terror.
Que nem vale a pena escrever aqui do q se trata pra não estragar seu dia. O fato eh que, eu não devia ter dado isso pro meu pai ler. Eu não lembro o que ele disse, mas lembro do olhar meio abismado, meio ao longe.....vacilei.
Acho q meus sonhos fazem jus..........
Bem, eu teria ate vergonha desses desenhos nomeados se eles não tivessem sido influencia para as pinturas da adolescência. Mas eu tinha antes. Eh tanto que so desenhava o que realmente gostava sozinha. Com os outros eu rabiscava casinhas e nuvens...ate muito bem eu diria.
sinto falta desse tempo.
sinto falta de tempo
venham! venham!
mais uma vez, a pedidos
o espetaculo de hoje:
- o Mosquito que Derruba a menina.
quase inacreditavel.....

aviso: em cartaz ha 4 dias
e por tempo indeterminado.