sábado, 31 de dezembro de 2005

2005, adeus.
2006 à Deus.

sábado, 26 de novembro de 2005

- (...)
- já eu,
nao tenho essa vontade toda de fazer tatuagem nao. tudo que denotava "revolta" antes, está nas butiques agora. nas fotos, nas novelas, nas revistas. abraçados pelo sistema ha muito. calças rasgadas naturalmente viraram chatas de tanto ter nas lojas agora. falso estilo? falsa derrota? falsa falsificação.
hippie de butique, rockeiro de butique e a mais nova superexposta delas: velho-oeste de butique (sem contar q ja tinhamos a menina-de-rodeio de butique).
só se fosse algo especial. ou entao faria um tatu femea estilizada. ai qdo alguem perguntasse "oq eh isso?" eu responderia: "uma tatoo".

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

eu trabalho com sonhos




...

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Bem no Fundo


No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
(Paulo Leminski)

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

as mulheres
coisas lindas. da diva
as melhores
coisas lidas da vida.
qual perdidas
coisas vividas e findas
tal qual
mar
idas e vindas.
as mulheres.
mar
ildas e vandas.

domingo, 25 de setembro de 2005

simetria
com mil tons nasce o ente.
mil tons na semente.
milton nascimento.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

fazia tempo que queria, como um cego aborrecido por nao ver apariçoes.
"queria repetir", gritava ele "os sonhos de meus pais", sonhar os ja sabidos simbolos, colher os previsiveis graos
mas a terra imunda e ingrata
grata somente pelas cantigas
trata semente em feias caatingas
mesmo que rica - aboliu a plantação
todos se espantaram sem mais medo ou ilusao
queriam sim ver as flores, mesmo que so as flores - frutos de seu rojao.
olhando do alto e bem de longe, se via um ponto diversa-cor; era um amarelinho, meio murcho, quase inconsequente, no meio do acinzentado marrom cerrado.
quando mais de perto, atravessando o deserto, deixava se ve la melhor, um pontinho bem macio cheio de espinhos aceitaveis e com as cantigas suaves esperando pra dançar.
e assim
surgiu
e sugeriu seu nome
esperdança.
daquelas que crescem em par.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

diga me onde estudas...

www.escolavila.com.br

ai que saudades....

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

no sertao
é serto
naturalmente decerto.
o céu de cantos
o céu de tantos
o céu de tao
são, salva dor.
oh céu são.
o ceu é
dez mil estrelas que
liram.
mini alturas que brilham
gritando nossa atençao.
deZtemidos rapazes
que olham pro
reu
incapazes
de fazer tal oraçao:
cai chuva
que aqui dentro tu se esbalda
e rapidamente respalda
evapora; cai do chao.

terça-feira, 23 de agosto de 2005

entre a curva e a esquina
entre o mar e a salina
o berro e o orgulho
o belo e o impuro
a dor e a transformaçao
vistas nas linhas da mao.
ficam os cofres de rumores
q se abrem todas as noites cheias de lua.

o ardor do vicio ecoa e dali brota, meio que vendo o verde, uma
flor escura cheia de afi(lh)ados d entes.

mas o mais certo é que no dia, quando ja nao se sinta,

(eh que o tempo outrora sabido
nao se sabe mais
nao se enxerga (mesmo que pra ele nao se minta)
nao se meia. com o medo se mede.)

meia parte de mim em completa
aos segundos
que se esquecem pois
a quem aquecem
ainda quesem luz
eles curam
no es cura.

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

semeio os meios da
arqui cultura
arqueada distinta
sem ente. impura

arquitortura
do grão meço
da torta compostura
arquiteto os codigos
que só
os ricos e os nobres
e nao
mendigos e os pobres
terão cobertura.
finitas infinitudes
de concreto e imaginario
o eterno, demolido
o vazio, construído
num vai-vem diario

tombam se os predios
e os predios quase que tombam.
e turista vai pra vê-la
e qualquer um trabalha nela
e ela o sonho se torna
engolida aquela saCIeDADE
envoltos em fumaça
quase que o sonho se embaça

quem realmente poe
tijolo argamassa tijolo
argamassa tijolo argamassa
nao necessariamente se impoe.
pra conseguir alvenaria
muitas breves avemarias
em um comodo pouco comodo
feito de taipa ou celulose.

abertura do horror
cabeça cheia de laços
ate em cidade sem ceu
ou em intenso mormaço
a arché embaça como um veu
a paisagem com seus abraços

terça-feira, 9 de agosto de 2005

de ricardo me recordo
Eu genio sabido era.
mar (e) cel era impa(r), ciente.poético.
ju dite era mandona
e henrique
só queria
enriqueSer

quinta-feira, 28 de julho de 2005

e o rio de janeiro continuara sempre lindo.

e pros que discordam, aquele abraço.

quinta-feira, 7 de julho de 2005

se aquilo é mao, isso é coordenaçao
se aquilo é maquina isso é tecnologia
se aquilo é parede, isso é claustrofobia
se aquilo é silencio, isso é monotonia
se aquilo é sorriso, isso é empatia
se aquilo é nota, isso é melodia
se aquilo é tijolo, isso é moradia
se aquilo é sonho, isso é realidade
se aquilo é avesso, isso é responsabilidade
se aquilo é lei, isso é idoneidade
se aquilo é acabamento, isso é qualidade
se aquilo é flor, isso é jardim
se aquilo é cor, isso é kandinski
se aquilo é sentimento, isso é van gogh
se aquilo é som, isso é ravel
se aquilo é parte, isso é fragmento
se aquilo é sim, isso é consentimento
se aquilo é alma, aquilo é assombração
se aquilo é dor, isso é coraçao
se isso é o nome, aquele é o dono
se antes é depois, agora é o que sobra.

tudo tem.
o nome disso tudo,
o nome disse tudo.

se isso é palavra, aquilo é poesia.

segunda-feira, 27 de junho de 2005

madrugadas.
aceita.
afeita ao cafe rarefeito.
(raro efeito).
ao trabalho se entrega e mesmo assim
tudo se entrega, nada se termina.

quinta-feira, 23 de junho de 2005

neste mundo de tolices
quem nao sabe quem é a atriz, é burro.
quem lembra uma fórmula matemática é gênio.
(ou burro).

quinta-feira, 16 de junho de 2005

o inferno afeito a agua
o inverno aquece o choro
extremo
a mordida estrema o rosto
estremece a alma
o corpo fala indignado
a boca amortece calada
os olhos dizem armados
a noite anoite se
a lagrima sobe se esconde
a morte passa e nao bate
late o cachorro. rastro
esquecido de lado
aban dono
do nada. sem dono.
anda
no nonandar

sábado, 11 de junho de 2005

imagine m

imaginem todos voces
se o mundo inteiro vivesse em paz.
a natureza talvez
nao fosse destruida jamais.
russo, cowboy e chines
num so país sem fronteiras.
armas de fogo, seria tao bom,
se fossem feitas de isopor.
e aqueles misseis de mil megatons
fossem bombons de licor.
flores colorindo a terra
toda verdejante, sem guerra.
nem um seria tao rico,
nem outro tão pobrinho:
todos num caminho so.
rios e mares limpinhos,
com peixes, baleias, golfinhos.
fariamos as usinas e as bombas nucleares
virarem pão-de-ló.
imaginem todos vocês
um mundo bom que um beatle sonhou.
peçam a quem fala ingles
versao da cançao que John Lennon cantou.

porque Toquinho tambem governa.

sexta-feira, 27 de maio de 2005

como saber nossa alma? como saber sem a ver. a alma dos outros e coisa facil. quase adestrar um afghan. espelho pendurado na minha frente e atraves atravesso. meu inverso, avesso a c alma.
como caber nossa alma? em seres tao insignificantes, que riem choram e batem palmas.
como supor nossa alma. entrelaçada em caretas e olhares. gestos gostos gestalt.
somente com outra alma. uma gemea-alma, que te reflete te repete te complete.
pra ter um espelho na frente, tenha um amor do lado.

quinta-feira, 26 de maio de 2005

das pessoas, Pessoa
dos desenhos, a risco.
dos poemas, Antunes
das noites, minguantes
dos olhares, incertos
das cabeças, um mundo
das verdades, o sonho
dos Augustos, dos Anjos
das renuncias, assumo
das vaidades, perfume
das poesias, a concreta
da arquitetura, o concreto
das cadeiras, encostos
das ladeiras, as de pedras
das conversas, as com versos
das janelas, as da alma.

sexta-feira, 20 de maio de 2005

passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora

quarta-feira, 18 de maio de 2005

.

Pronto,

O agora passou.
agora paz sou.

e agora?


.

terça-feira, 17 de maio de 2005

minha paciencia esta curta
e meu cabelo esta longo

algo esta erado.

segunda-feira, 16 de maio de 2005

ei, apaguem as luzes
nos queremos ver as estrelas!

sábado, 7 de maio de 2005

aquele rosto parecia com algum. mas estava uns 10 anos mais velho. via se poucos cabelos pretos, mas o olhar e os oculos eram os mesmos, apesar dela parecer dimunuida.
nao tive certeza, mas me lembrei de todas as conversas, as travessuras, as bobagens. de quando ela me dava biscoito quando o lanche era salada. ou sorvete quando era banana e aveia. de quanto me ensinou a fazer e a comer. de quando tiramos fotos, de quando a gente se abraçava. de quando deixava repetir o milqui sheique.
ela mal lembraria disso eu acho. nao levantou a cabeça. nao me viu.
engraçado que como eu passava por ela, muitos ja tinham tambem. e ela ainda ali. como um mestre que ve sua turma se formar. sera que os outros a tratavam com carinho?
olhei pra farda. eu tinha certeza.
certeza de que era aquela mulher humilde, que, por ironia, nao sabia quase escrever, mas que ressonava palavras de seu coração.
a tia conceiçao
Ção Ceis mulheres ao mesmo tempo.

quarta-feira, 27 de abril de 2005

para Arnaldo:


com cê agá mudo.
eu o chamo
com um amor insuficiente mente
mudo
se(u) mudo
me(u) mundo
se para
no tempo
nao tem
des
coberta
des
cubro
des
cuido.

sexta-feira, 22 de abril de 2005

dirao que minha epoca era confusa
extremamente interessante
que antes disso nao havia epoca mais conturbada
mais dinamica
mais ousada
que muito aconteceu
que o extremo estremeceu
que gritos foram em vao
e outros nao.
que a musica evoluiu
que a ponte caiu
que o papa morreu que o calor aumentou
que a juventude era morta
e viva!
que a cultura era cult
que o rippie era hype
que fausto nilo belchior e ednardo eram caros.
porque letra era raro.
que a gente pensava ser globalizado
pensava saber falar frances
pensava que pensava de menos
pensava que sabia demais.
que o relacionamento era aberto
que o amor era incerto
que os amigos eram importantes
e os professores inquietantes
que o kurt morreu
que amavamos as pessoas e usavamos as coisas
que o renato morreu.
que o john morreu
e que, quando isso aconteceu, nos perguntamos o que iriamos mostrar para nossos filhos.
e que com o tempo, respondemos los hermanos
que nossa geraçao era mais jovem de espirito.
e que fomos jovens ate os 40.
que viravamos noites em festas
que festejavamos qualquer coisa
que corriamos atras do prazer
e atras dos empregos
que as raves iniciaram
que planet hemp aparecia
que um operario venceu
que o pib cresceu
que a roupa encareceu
que tudo diminuiu mas aumentou de preço
que todos tinham seu endereço
que a internet se dizia popular
que o caos continuava a reinar
que a musica entorpecia
que a carta desaparecia
onde o craft era caro
e o artesanato virou mecenato
que o meio ambiente se degradou
e depois começou a ser protegido
epoca da descrença e da crença
medicina alternativa
farmacia viva
escolas da vida
epoca do humberto
de cantar de cor legiao
e tantas tantas outras coisas mais
de quebrar a teoria
de valorizar a pratica
epoca em que amar e mudar as coisas interessava mais.

e mesmo assim, todo mundo vai querer viver minha epoca.
e nao vai mais poder.
ja pensou?
você vai perder essa?
("vc sabe o que eu quero dizer, esta escrito nos outdoors. por mais que a gente cante, o silencio eh sempre maior")
e ai?

acho q a vida é um caminhao:
vc pode:
pegar carona com ele
ser atropelado por ele
ou simplesmente ve-lo passar.
e o que mais?

sábado, 16 de abril de 2005

o que é que o sacre coeur?
.

domingo, 3 de abril de 2005

eu avisto
Sem titulo.
o bloco de notas
avisa
Se intitulo,
denota oco
o bloco denota
eu noto
e anoto o
oco rrido

quinta-feira, 31 de março de 2005

acordacordacordacordacorda

d´accord.

domingo, 20 de março de 2005

a vida
eh uma arte
a parte
a p artir
do que faço
p arte

quarta-feira, 16 de março de 2005

gosto de filmes que me fazem ve-lo muitas vezes. descobrir mais. cada vez
assim com a arquitetura a musica a pintura
a Poesia.
nao gosto do que termina em si assim.
tao rapido.
uma especie de promenade architecturale aplicada a tudo.
pessoas ate.
aquela que eh e eh tudo , e apenas, aquilo que abraçamos de primeira, esmaece aos poucos.
aquela que é, e depois é mais bem muito, geralmente me encanta.
nao defendo um mistério total.ou talvez nem mesmo um misterio. pois as coisas mais bonitas, geralmente sao as mais simples - invisiveis a olho que ve - mas que se ve com a quebra de paradigmas, de conceitos ja feitos. - coração de criança - simples na mais complexa maneira de dizer.
aQUela QUebra QUe diante dos olhos as vezes nao vemos.

sábado, 12 de março de 2005

a vista
do terra ço.
em cima, a terra
em sumo.
assumo a terra
acima.
se somo, terras so
avisto
se somos o que eu assisto.
terras e terras q se chamam luas, sois, martes. venus.
assunto: so terra.
soterrados no espaço. caos.
assusto. soterra nos.
nos meus pés estarão os chaos.


nota: procuramos ET´s e cometas, mas nao conhecemos os nossos vizinhos.

segunda-feira, 7 de março de 2005

.
a dor merecida
a dor mecida
no nada.
adorno.
nada.a dor
adornada.

nadador
a ruim nado
.

sábado, 5 de março de 2005

voce nao precisa votar
so precisa ser devoto.


.

quarta-feira, 2 de março de 2005

palavras
nessas salas
as vezes tao
as vezes nao.

nesses sarias.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

o chao cheio de folhas
se solta
como a infelicidade adquirida
como a aderencia só percebida e os
dias mais cheios de cinza,
claro.
como os cheios cheios de vazio
as calmas que se gritam
a fumaça que irrita.
a neve dissolvida.
leve
como quando onde fica, é o porque,
dissociado da lembra cria/nça.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

tava sem sono
e fiz isso aqui



.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

NostalgiA

amente miuda
aumenta
adentra os versos
soltos
acerte aceite
os encantos desencontros
azeite
pelas maos
o tempo
amiude
tempoder mudo,
muda gente.

Nesta magiA


(homenagem a todos os amigos revistos - apos longo tempo - na quarta feira)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Espacial

olha para o céu: tira teu chapéu
pra quem fez a estrela nova - que nasceu
traz o teu sorriso novo espacial
pra quem fez a estrela artificial
Eu sei que agora a vida deixa de ser vã
pois há mais luz na avenida
e mais um astro na manhã
Quem volta do seu campo, ao sol poente, vem dizer
que a estrela é diferente e faz o trigo aparecer
Olha para o céu: tira o teu chapéu
pra quem fez a estrela nova - que nasceu
não é pra São Jorge, nem pra São João
pois não é outra lua e não é balão
Quem mora no Oriente não vai se incomodar
ao ver que no Ocidente a estrela quer passar
Não há mais abandono nem reino de ninguém.
Se a terra já tem dono, no céu ainda não tem
Por isso vem; deixa o cansaço, apressa o passo
e vem correndo pro terraço e abre os braços
para o espaço que houver
Quem não quiser deixar a terra em que vivemos
pelos astros onde iremos vai ouvir
ver e contar tantas estrelas
quantas forem nossas naves, noutros mares mais suaves
A voar, voar, voar.

Belchior

quarta-feira, 26 de janeiro de 2005

devia ter pra mais de quarenta, ja. nao consegui ve la de frente, mas seu rosto era naturalmente bronzeado, e suas orelhas carregavam involuntariamente uma bijuteria que nao rimava com sua idade. olhou assustada pra janela. um assustado de quem viveu uma vida dificil num mundo calmo. epoca calma. era um susto contido, mas indignado.
como tinha lembrado ali, tinha vivido sofridos dias, principalmente suas ultimas duas decadas. resolvido inumeros problemas, passado por cima de grandes magoas.mas, apesar disso,adiara levar seus oculos para o conserto um mes ou mais.... um mes e quase uma semana, ja que o quebrara na visita a tio ze carlos.

os levantava constantemente, para enxergar melhor. ou para enxergar.
percebera a ironia. ensaiou um sorriso. ou seria esse mesmo o sorriso de gente cansada dos dias?

o calor escaldante a fazia enxugar o rosto ja despido da maquiagem. o suor molhava seus cabelos. ofuscantes, e de cores argentinas. por sinal muito bem penteados.
nao deu pra ver sua bolsa, mas acho q era isso q protegia com tanto esmero. nao pelo dinheiro, mas pelo valor de seus documentos, medido pelo trabalho que dava tirar novos.

desceu na praça. digamos entao que ia pra casa.

de longe nao da pra ler pensamentos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2005

enquanto andava, pensava em quem temia.
seu chefe, suas costas. as leis de seu pais e as leis de seus pais. uma roubada, ja que nunca poderia deixa los de lado e ir para o tao sonhado lugar distante - pois, se tinha que ser distante nunca iria alcança lo - era uma confusao, sua cabeça.
e aquelas telas coloridas ajudavam a pensar, agora, em quem gostava, e o que.
a atendente da sorveteria, que sempre sabia seu pedido, mesmo que uma (nao tao) pura e simples agua mineral; o lindo white terrier da campanha da ig e o sabonete lilas de r$ 3.50 que tinha pena de gastar.
ele sempre pensava em coisas futeis.
mas hoje nao.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

acenava com a mao para nao dizer bobagens. as vezes ate erguia a cabeça de um jeito rapido para o contato ser menor. depois disso pensava no encontrado durante uns dois ou dez segundos - dependendo do nível de interesse dele - e seguia em frente mesmo que fosse uma esquina. a coluna era sacrificada por seu olhar constantemente quase paralelo ao chao. suas pernas sendo menores poderia ser um rente ao chao ou, como dizem os franceses, um basset. ai ele nao via sempre as pessoas, os carros, a vida. a vida ao seu redor (pra deixar de falar entorno) . so a vida em baixo dele. nao corava muito com o sol forte, nem se importava em arrumar os cabelos. só levantava o olhar quando chegava a biblioteca municipal, seu destino a pé de todas as tardes. gostava de passear entre aquelas cores e aqueles papeis odorosos. lambia um a um com seus olhos. e gostava do sabor barulhento de seus dedos acariciando os de tamanhos diferentes.
como nao se podia entrar com caes no tal templo, ele levava os 3 livros que tinha direito, sendo um de contos e outros dois do que fosse.
sempre lia acariciando a Criatura Cachorro. q nao tinha nome, mas, talvez por isso, sempre atendia a um "vem", um "aqui", ou ate mesmo um estalar qualquer dos labios.
já tinham lhe contado que a grama era mais verde la pelos outros lados da cidade, mas gostava de morar ali. era perto da biblioteca. e so.
mas alem disso, para nao dizer so isso, tinha preguiça de se mudar.

terça-feira, 18 de janeiro de 2005

falo seu nome e logo nao eh mais.



R: Silencio.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

desligue o computador e va ler um livro

domingo, 2 de janeiro de 2005

pra quem
sabe ler
um pingo
eh letra