quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

nao ha o que
lamentabilizar
quando eh findo o lindo
dia

entre entrega e
ordenagens ordinarias
entre trancos e
tranqueiras
entre lugares lares e bares
capital na capital

eu vou me adaptalizar

uma borboleta
bourbon preta
uma rosa rosea e palida
uma rima calida
pneu de ar
espuma de veneno
agua viva
rapadura
nuvem de concreto
sono profundo em cama de pregos
empurrao de ar perfume
tornado que retorna

se assim tem crer ser
para eu crescer
que assim
sei ja.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

1- minha vida, e consequentemente meus atos, minha mente, é como uma parede de cartazes. começou com poucos. primeiro vemos só vazios (parede). depois as pessoas, as coisas, os momentos, as musicas - as artes-, foram me completando, uma sobrepondo as outras.

2- outras estas que não deixam de existir. só que alguns cartazes vemos menos. outros estao totalmente visíveis.

3- mas os que são visíveis agora, podem não ser tanto assim mais tarde.

4- vivo colando cartazes em minha parede. e guardo com muito carinho as pontinhas de cada coisa que a transformou assim. colorida, única.

5- até aqui já valeu muito viver. conheci pessoas que nunca "descolarão" de mim. vivi momentos que completaram quilometros quadrados de parede da minha existência.

6- ao longo do tempo, descobri que os cartazes que estavam lá embaixo, quase sumindo, como num passe de mágica, voltam a sobrepor os outros. tornando tudo isso muito mais interessante do que o que eu pensava.

7- alias, eu realmente não imaginava o quanto é interessante viver, até começar a perceber o numero 6 dessa lista.

8- e as coincidências. ah, essas são as mais não críveis provas do senso de humor de alguem lá em cima.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

minhas filhas, órfãs de pai, como
não poderia deixar de ser.
ao todo, são nove. mas so posso falar
de tres.
dela
quase ja nao tenho mais nada.
se é que algum dia a tive.
parecida comigo,
Paciencia vivia pra ciencia.
morreu de velha. tanto que esperou.
agora outra, a segunda (que trouxe
a depressao pos parto que
os segundos filhos trazem).
parecida com
papel de presente colorido.
quero amassa-la, destrui-la
mas ao mesmo tempo
la bem fundo
quero que ela permaneça cá.
Raiva, minha ruiva, vc e diferente,
mas eu gosto de voce. preconceito,
abuso; tudo voce ja passou.
ninguem te entende, mas eu te
tenho aqui dentro do meu coração.
e outra ainda, de quem tenho
muito orgulho
que ja é bem grandinha, uma moça.
Saudade.
ela vem e vai. pensa que isso aqui é
hotel.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

"Olá estranho, chegou bem na hora
Procuro o seu rosto na multidão
Ou ali fora
Olá estranho, não é hora de partir?
Ver aquela foto se apagando, prestes a cair?

Os brinquedos se perderam
Os dentes de leite caíram
Houve acidentes com arranhões
E outras coisas que sumiram

Boletins foram mostrados, e uma vez adoeci
mas nada que eu não possa dizer que venci

Olá estranho, para você guardei um lugar
E não parece estranho...?
Agora que não vi você chegar"

terça-feira, 15 de maio de 2007

enteNdiava a teve.
podia, agora. do que se tratava.
e tratava. mal.
oferecia e feria.
uma feira luminosa
um cubo de possibilidades
medido em duas dimensoes.
onde havia,
ode ava.
e amava.
e repetia. e repetia.
e repetia,
e re parte ia. de
sua cabeça; sua índole.
nao más. mas
sua cabeça, sua índole,
nao mais.

muito, muito más,
ha de se anteSver na te ver.
ela, à fé.
ele, café.

ele pinta humanos. as pessoas ficam abstratas.
ela pinta abstrato. as pessoas ficam mais humanas.