sábado, 10 de maio de 2008
quinta-feira, 1 de maio de 2008
segunda-feira, 3 de março de 2008
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
contras seus
meus poros
meus coros meus
foros
espaço meu
laço
meu e teu.
braço meu
abraço meu e teu
livre eu
livro meu e teu
canta tu
canto meu e teu
pranto meu
planta minha e tua.
corpo meu
copo meu e teu.
pele
peleja
minha asa
casa minha e tua
solidao
sol meu e teu
coro
coraçao
choro
oraçao
vista
revista
guardo o meu
guarda o teu
aguardo nosso.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
lamentabilizar
quando eh findo o lindo
dia
entre entrega e
ordenagens ordinarias
entre trancos e
tranqueiras
entre lugares lares e bares
capital na capital
eu vou me adaptalizar
uma borboleta
bourbon preta
uma rosa rosea e palida
uma rima calida
pneu de ar
espuma de veneno
agua viva
rapadura
nuvem de concreto
sono profundo em cama de pregos
empurrao de ar perfume
tornado que retorna
se assim tem crer ser
para eu crescer
que assim
sei ja.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
2- outras estas que não deixam de existir. só que alguns cartazes vemos menos. outros estao totalmente visíveis.
3- mas os que são visíveis agora, podem não ser tanto assim mais tarde.
4- vivo colando cartazes em minha parede. e guardo com muito carinho as pontinhas de cada coisa que a transformou assim. colorida, única.
5- até aqui já valeu muito viver. conheci pessoas que nunca "descolarão" de mim. vivi momentos que completaram quilometros quadrados de parede da minha existência.
6- ao longo do tempo, descobri que os cartazes que estavam lá embaixo, quase sumindo, como num passe de mágica, voltam a sobrepor os outros. tornando tudo isso muito mais interessante do que o que eu pensava.
7- alias, eu realmente não imaginava o quanto é interessante viver, até começar a perceber o numero 6 dessa lista.
8- e as coincidências. ah, essas são as mais não críveis provas do senso de humor de alguem lá em cima.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
não poderia deixar de ser.
ao todo, são nove. mas so posso falar
de tres.
dela
quase ja nao tenho mais nada.
se é que algum dia a tive.
parecida comigo,
Paciencia vivia pra ciencia.
morreu de velha. tanto que esperou.
agora outra, a segunda (que trouxe
a depressao pos parto que
os segundos filhos trazem).
parecida com
papel de presente colorido.
quero amassa-la, destrui-la
mas ao mesmo tempo
la bem fundo
quero que ela permaneça cá.
Raiva, minha ruiva, vc e diferente,
mas eu gosto de voce. preconceito,
abuso; tudo voce ja passou.
ninguem te entende, mas eu te
tenho aqui dentro do meu coração.
e outra ainda, de quem tenho
muito orgulho
que ja é bem grandinha, uma moça.
Saudade.
ela vem e vai. pensa que isso aqui é
hotel.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Procuro o seu rosto na multidão
Ou ali fora
Olá estranho, não é hora de partir?
Ver aquela foto se apagando, prestes a cair?
Os brinquedos se perderam
Os dentes de leite caíram
Houve acidentes com arranhões
E outras coisas que sumiram
Boletins foram mostrados, e uma vez adoeci
mas nada que eu não possa dizer que venci
Olá estranho, para você guardei um lugar
E não parece estranho...?
Agora que não vi você chegar"
terça-feira, 15 de maio de 2007
podia, agora. do que se tratava.
e tratava. mal.
oferecia e feria.
uma feira luminosa
um cubo de possibilidades
medido em duas dimensoes.
onde havia,
ode ava.
e amava.
e repetia. e repetia.
e repetia,
e re parte ia. de
sua cabeça; sua índole.
nao más. mas
sua cabeça, sua índole,
nao mais.
muito, muito más,
ha de se anteSver na te ver.
terça-feira, 5 de setembro de 2006
contando pra ele como é o mar. como é lindo, o mar. nao se importando
se o seu criador é o seu ouvinte.
os anjos estao sendo abraçados com a força que só voce tem
os deuses estao sendo chamados pelo diminutivo de seus nomes
e beijados, sejam eles homens ou mulheres.
todo o céu deve estar rindo, sorrindo e feliz.
porque lá ficou tudo mais alegre. e, aqui,
ficou tudo sem graça.
Fica com Deus, Ricardo.
te amamos muito.
Ju e Marcio
segunda-feira, 10 de julho de 2006
sábado, 1 de julho de 2006
sexta-feira, 26 de maio de 2006
calma nas horas que deveria desesperar
e impaciente nas horas que deveria acalmar.
sou discreta indiscretamente.
indescritivelmente timida,
indiscutivelmente dividida.
falo o que posso.
posso o que quero.
nao sou daqui. somos de outro canto, eu,
meu deus que so eu sei e meu amigo toby.
sou de extremos. ate extremos dos meios.
odeio e amo muitas coisas dentro das outras
e neste eterno dentro do dentro, chego nos meios.
no equilibrio entre o amor e o odio visto em cada fato.
em cada coisa: em cada mundo do mundo.
parte de minha personalidade nao esta formada
e temo dizer que estara em aberto por muito tempo
ainda. minha aureola dos olhos não é fechada.
assim como a de uma criança.
por isso gosto e desgosto, e cresço. mas
apesar disso tudo.
minha personalidade é muito
muito forte, dizem. mais até do que a da minha mae
(cuja personalidade, se fosse comida, alimentaria meio
milhão de pessoas por cem anos)
virgem me equilibrou e aquario tresloucou.
posso sentir que ja
vivi muitas vidas. e sonho com muitas delas.
me daria bem como escritora, cineasta e
passeadora de cachorros.
seria feliz se pintasse mais.
acho que o inevitavel pode nao acontecer
e o evitavel pode inevitavelmente acontecer.
Hoje
gosto das coisas bem azedas.
bem temperadas, bem salgadas.
não gosto do que é muito doce
exceto crianças.
(continua)
* texto em agradecimento ao meu iridologista, que me fez ver
o que estava na frente dos meus olhos o tempo todo: a minha íris.
sábado, 8 de abril de 2006
quinta-feira, 16 de março de 2006
nao se podia cometer com erros
seu corpo, incombusto
de seu coração, por imensuravel que fosse,
gélido, sagrado, guardado.
se alegria
seja
oposto de sabedoria
era necessario pesados calçados
que o trouxessem de volta ou
pelomenos balanceasse sua
leveza
(peso contra rio)
que presenteava lhe - ? -
olhar de cima:
filhos, pais, esposa.
incolas famintos de razao.
uma outra verdade
- incontestavel para os
que sentem fome.
ou
sabedoria é solidao.
e outras coisas que nao vem ao Acaso agora.
terça-feira, 14 de março de 2006
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
- sei que sou sua musa inspiradora.
que os tempos comigo eram muito melhores
você não tinha duvidas de quem te amava
e não tinha duvidas quem amava.
e você me ama.
sei que os amigos que fizemos juntas pareciam ser eternos
e o que ficou foram mesmo as marcas no corpo.
Testemunhas de nossas brincadeiras.
sei que sua família parecia perfeita. eu tinha o poder
de colocar filtros em seus olhos e seu coração
para que visse somente o que era belo.
as vezes te observo e sinto que lembras de mim
fazendo de novo coisas que fazíamos juntas
e isso te deixa mais calma, não é?
sei que me queres de volta. porque sua vida era perfeita comigo,
e agora tens muita mágoa no coração.
(enquanto isso meu rosto era lavado pelas lagrimas incontidas)
mas tens que continuar, deixar-se viver, como antes.
lembro de ti como alguém que amava a vida e via humor em tudo.
sorria para tudo, gostava das coisas que os outros nem sequer percebiam.
e agora te vejo chorando; coisa que só fazia pelos outros, e agora faz
constantemente por ti mesma.
e Infância se foi.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2006
sábado, 31 de dezembro de 2005
sábado, 26 de novembro de 2005
- já eu,
nao tenho essa vontade toda de fazer tatuagem nao. tudo que denotava "revolta" antes, está nas butiques agora. nas fotos, nas novelas, nas revistas. abraçados pelo sistema ha muito. calças rasgadas naturalmente viraram chatas de tanto ter nas lojas agora. falso estilo? falsa derrota? falsa falsificação.
hippie de butique, rockeiro de butique e a mais nova superexposta delas: velho-oeste de butique (sem contar q ja tinhamos a menina-de-rodeio de butique).
só se fosse algo especial. ou entao faria um tatu femea estilizada. ai qdo alguem perguntasse "oq eh isso?" eu responderia: "uma tatoo".
quinta-feira, 17 de novembro de 2005
segunda-feira, 31 de outubro de 2005
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
(Paulo Leminski)
quarta-feira, 12 de outubro de 2005
domingo, 25 de setembro de 2005
quarta-feira, 14 de setembro de 2005
"queria repetir", gritava ele "os sonhos de meus pais", sonhar os ja sabidos simbolos, colher os previsiveis graos
mas a terra imunda e ingrata
grata somente pelas cantigas
trata semente em feias caatingas
mesmo que rica - aboliu a plantação
todos se espantaram sem mais medo ou ilusao
queriam sim ver as flores, mesmo que so as flores - frutos de seu rojao.
olhando do alto e bem de longe, se via um ponto diversa-cor; era um amarelinho, meio murcho, quase inconsequente, no meio do acinzentado marrom cerrado.
quando mais de perto, atravessando o deserto, deixava se ve la melhor, um pontinho bem macio cheio de espinhos aceitaveis e com as cantigas suaves esperando pra dançar.
e assim
surgiu
e sugeriu seu nome
esperdança.
daquelas que crescem em par.
segunda-feira, 29 de agosto de 2005
é serto
naturalmente decerto.
o céu de cantos
o céu de tantos
o céu de tao
são, salva dor.
oh céu são.
o ceu é
dez mil estrelas que
liram.
mini alturas que brilham
gritando nossa atençao.
deZtemidos rapazes
que olham pro
reu
incapazes
de fazer tal oraçao:
cai chuva
que aqui dentro tu se esbalda
e rapidamente respalda
evapora; cai do chao.
terça-feira, 23 de agosto de 2005
entre o mar e a salina
o berro e o orgulho
o belo e o impuro
a dor e a transformaçao
vistas nas linhas da mao.
ficam os cofres de rumores
q se abrem todas as noites cheias de lua.
o ardor do vicio ecoa e dali brota, meio que vendo o verde, uma
flor escura cheia de afi(lh)ados d entes.
mas o mais certo é que no dia, quando ja nao se sinta,
(eh que o tempo outrora sabido
nao se sabe mais
nao se enxerga (mesmo que pra ele nao se minta)
nao se meia. com o medo se mede.)
meia parte de mim em completa
aos segundos
que se esquecem pois
a quem aquecem
ainda quesem luz
eles curam
no es cura.
sexta-feira, 12 de agosto de 2005
arqui cultura
arqueada distinta
sem ente. impura
arquitortura
do grão meço
da torta compostura
arquiteto os codigos
que só
os ricos e os nobres
e nao
mendigos e os pobres
terão cobertura.
finitas infinitudes
de concreto e imaginario
o eterno, demolido
o vazio, construído
num vai-vem diario
tombam se os predios
e os predios quase que tombam.
e turista vai pra vê-la
e qualquer um trabalha nela
e ela o sonho se torna
engolida aquela saCIeDADE
envoltos em fumaça
quase que o sonho se embaça
quem realmente poe
tijolo argamassa tijolo
argamassa tijolo argamassa
nao necessariamente se impoe.
pra conseguir alvenaria
muitas breves avemarias
em um comodo pouco comodo
feito de taipa ou celulose.
abertura do horror
cabeça cheia de laços
ate em cidade sem ceu
ou em intenso mormaço
a arché embaça como um veu
a paisagem com seus abraços
terça-feira, 9 de agosto de 2005
quinta-feira, 28 de julho de 2005
quinta-feira, 7 de julho de 2005
se aquilo é maquina isso é tecnologia
se aquilo é parede, isso é claustrofobia
se aquilo é silencio, isso é monotonia
se aquilo é sorriso, isso é empatia
se aquilo é nota, isso é melodia
se aquilo é tijolo, isso é moradia
se aquilo é sonho, isso é realidade
se aquilo é avesso, isso é responsabilidade
se aquilo é lei, isso é idoneidade
se aquilo é acabamento, isso é qualidade
se aquilo é flor, isso é jardim
se aquilo é cor, isso é kandinski
se aquilo é sentimento, isso é van gogh
se aquilo é som, isso é ravel
se aquilo é parte, isso é fragmento
se aquilo é sim, isso é consentimento
se aquilo é alma, aquilo é assombração
se aquilo é dor, isso é coraçao
se isso é o nome, aquele é o dono
se antes é depois, agora é o que sobra.
tudo tem.
o nome disso tudo,
o nome disse tudo.
se isso é palavra, aquilo é poesia.
segunda-feira, 27 de junho de 2005
quinta-feira, 23 de junho de 2005
quinta-feira, 16 de junho de 2005
o inverno aquece o choro
extremo
a mordida estrema o rosto
estremece a alma
o corpo fala indignado
a boca amortece calada
os olhos dizem armados
a noite anoite se
a lagrima sobe se esconde
a morte passa e nao bate
late o cachorro. rastro
esquecido de lado
aban dono
do nada. sem dono.
anda
no nonandar
sábado, 11 de junho de 2005
imaginem todos voces
se o mundo inteiro vivesse em paz.
a natureza talvez
nao fosse destruida jamais.
russo, cowboy e chines
num so país sem fronteiras.
armas de fogo, seria tao bom,
se fossem feitas de isopor.
e aqueles misseis de mil megatons
fossem bombons de licor.
flores colorindo a terra
toda verdejante, sem guerra.
nem um seria tao rico,
nem outro tão pobrinho:
todos num caminho so.
rios e mares limpinhos,
com peixes, baleias, golfinhos.
fariamos as usinas e as bombas nucleares
virarem pão-de-ló.
imaginem todos vocês
um mundo bom que um beatle sonhou.
peçam a quem fala ingles
versao da cançao que John Lennon cantou.
porque Toquinho tambem governa.
sexta-feira, 27 de maio de 2005
como caber nossa alma? em seres tao insignificantes, que riem choram e batem palmas.
como supor nossa alma. entrelaçada em caretas e olhares. gestos gostos gestalt.
somente com outra alma. uma gemea-alma, que te reflete te repete te complete.
pra ter um espelho na frente, tenha um amor do lado.
quinta-feira, 26 de maio de 2005
dos desenhos, a risco.
dos poemas, Antunes
das noites, minguantes
dos olhares, incertos
das cabeças, um mundo
das verdades, o sonho
dos Augustos, dos Anjos
das renuncias, assumo
das vaidades, perfume
das poesias, a concreta
da arquitetura, o concreto
das cadeiras, encostos
das ladeiras, as de pedras
das conversas, as com versos
das janelas, as da alma.
sexta-feira, 20 de maio de 2005
sábado, 7 de maio de 2005
nao tive certeza, mas me lembrei de todas as conversas, as travessuras, as bobagens. de quando ela me dava biscoito quando o lanche era salada. ou sorvete quando era banana e aveia. de quanto me ensinou a fazer e a comer. de quando tiramos fotos, de quando a gente se abraçava. de quando deixava repetir o milqui sheique.
ela mal lembraria disso eu acho. nao levantou a cabeça. nao me viu.
engraçado que como eu passava por ela, muitos ja tinham tambem. e ela ainda ali. como um mestre que ve sua turma se formar. sera que os outros a tratavam com carinho?
olhei pra farda. eu tinha certeza.
certeza de que era aquela mulher humilde, que, por ironia, nao sabia quase escrever, mas que ressonava palavras de seu coração.
a tia conceiçao
Ção Ceis mulheres ao mesmo tempo.
quarta-feira, 27 de abril de 2005
sexta-feira, 22 de abril de 2005
dirao que minha epoca era confusa
extremamente interessante
que antes disso nao havia epoca mais conturbada
mais dinamica
mais ousada
que muito aconteceu
que o extremo estremeceu
que gritos foram em vao
e outros nao.
que a musica evoluiu
que a ponte caiu
que o papa morreu que o calor aumentou
que a juventude era morta
e viva!
que a cultura era cult
que o rippie era hype
que fausto nilo belchior e ednardo eram caros.
porque letra era raro.
que a gente pensava ser globalizado
pensava saber falar frances
pensava que pensava de menos
pensava que sabia demais.
que o relacionamento era aberto
que o amor era incerto
que os amigos eram importantes
e os professores inquietantes
que o kurt morreu
que amavamos as pessoas e usavamos as coisas
que o renato morreu.
que o john morreu
e que, quando isso aconteceu, nos perguntamos o que iriamos mostrar para nossos filhos.
e que com o tempo, respondemos los hermanos
que nossa geraçao era mais jovem de espirito.
e que fomos jovens ate os 40.
que viravamos noites em festas
que festejavamos qualquer coisa
que corriamos atras do prazer
e atras dos empregos
que as raves iniciaram
que planet hemp aparecia
que um operario venceu
que o pib cresceu
que a roupa encareceu
que tudo diminuiu mas aumentou de preço
que todos tinham seu endereço
que a internet se dizia popular
que o caos continuava a reinar
que a musica entorpecia
que a carta desaparecia
onde o craft era caro
e o artesanato virou mecenato
que o meio ambiente se degradou
e depois começou a ser protegido
epoca da descrença e da crença
medicina alternativa
farmacia viva
escolas da vida
epoca do humberto
de cantar de cor legiao
e tantas tantas outras coisas mais
de quebrar a teoria
de valorizar a pratica
epoca em que amar e mudar as coisas interessava mais.
e nao vai mais poder.
ja pensou?
você vai perder essa?
("vc sabe o que eu quero dizer, esta escrito nos outdoors. por mais que a gente cante, o silencio eh sempre maior")
e ai?
acho q a vida é um caminhao:
vc pode:
pegar carona com ele
ser atropelado por ele
ou simplesmente ve-lo passar.
e o que mais?
sábado, 16 de abril de 2005
domingo, 3 de abril de 2005
quinta-feira, 31 de março de 2005
quarta-feira, 16 de março de 2005
assim com a arquitetura a musica a pintura
a Poesia.
nao gosto do que termina em si assim.
tao rapido.
uma especie de promenade architecturale aplicada a tudo.
pessoas ate.
aquela que eh e eh tudo , e apenas, aquilo que abraçamos de primeira, esmaece aos poucos.
aquela que é, e depois é mais bem muito, geralmente me encanta.
nao defendo um mistério total.ou talvez nem mesmo um misterio. pois as coisas mais bonitas, geralmente sao as mais simples - invisiveis a olho que ve - mas que se ve com a quebra de paradigmas, de conceitos ja feitos. - coração de criança - simples na mais complexa maneira de dizer.
aQUela QUebra QUe diante dos olhos as vezes nao vemos.
sábado, 12 de março de 2005
do terra ço.
em cima, a terra
em sumo.
assumo a terra
acima.
se somo, terras so
avisto
se somos o que eu assisto.
terras e terras q se chamam luas, sois, martes. venus.
assunto: so terra.
soterrados no espaço. caos.
assusto. soterra nos.
nos meus pés estarão os chaos.
nota: procuramos ET´s e cometas, mas nao conhecemos os nossos vizinhos.
segunda-feira, 7 de março de 2005
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005
terça-feira, 15 de fevereiro de 2005
olha para o céu: tira teu chapéu
pra quem fez a estrela nova - que nasceu
traz o teu sorriso novo espacial
pra quem fez a estrela artificial
Eu sei que agora a vida deixa de ser vã
pois há mais luz na avenida
e mais um astro na manhã
Quem volta do seu campo, ao sol poente, vem dizer
que a estrela é diferente e faz o trigo aparecer
Olha para o céu: tira o teu chapéu
pra quem fez a estrela nova - que nasceu
não é pra São Jorge, nem pra São João
pois não é outra lua e não é balão
Quem mora no Oriente não vai se incomodar
ao ver que no Ocidente a estrela quer passar
Não há mais abandono nem reino de ninguém.
Se a terra já tem dono, no céu ainda não tem
Por isso vem; deixa o cansaço, apressa o passo
e vem correndo pro terraço e abre os braços
para o espaço que houver
Quem não quiser deixar a terra em que vivemos
pelos astros onde iremos vai ouvir
ver e contar tantas estrelas
quantas forem nossas naves, noutros mares mais suaves
A voar, voar, voar.
Belchior
quarta-feira, 26 de janeiro de 2005
devia ter pra mais de quarenta, ja. nao consegui ve la de frente, mas seu rosto era naturalmente bronzeado, e suas orelhas carregavam involuntariamente uma bijuteria que nao rimava com sua idade. olhou assustada pra janela. um assustado de quem viveu uma vida dificil num mundo calmo. epoca calma. era um susto contido, mas indignado.
como tinha lembrado ali, tinha vivido sofridos dias, principalmente suas ultimas duas decadas. resolvido inumeros problemas, passado por cima de grandes magoas.mas, apesar disso,adiara levar seus oculos para o conserto um mes ou mais.... um mes e quase uma semana, ja que o quebrara na visita a tio ze carlos.
os levantava constantemente, para enxergar melhor. ou para enxergar.
percebera a ironia. ensaiou um sorriso. ou seria esse mesmo o sorriso de gente cansada dos dias?
o calor escaldante a fazia enxugar o rosto ja despido da maquiagem. o suor molhava seus cabelos. ofuscantes, e de cores argentinas. por sinal muito bem penteados.
nao deu pra ver sua bolsa, mas acho q era isso q protegia com tanto esmero. nao pelo dinheiro, mas pelo valor de seus documentos, medido pelo trabalho que dava tirar novos.
desceu na praça. digamos entao que ia pra casa.
de longe nao da pra ler pensamentos.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2005
seu chefe, suas costas. as leis de seu pais e as leis de seus pais. uma roubada, ja que nunca poderia deixa los de lado e ir para o tao sonhado lugar distante - pois, se tinha que ser distante nunca iria alcança lo - era uma confusao, sua cabeça.
e aquelas telas coloridas ajudavam a pensar, agora, em quem gostava, e o que.
a atendente da sorveteria, que sempre sabia seu pedido, mesmo que uma (nao tao) pura e simples agua mineral; o lindo white terrier da campanha da ig e o sabonete lilas de r$ 3.50 que tinha pena de gastar.
ele sempre pensava em coisas futeis.
mas hoje nao.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2005
como nao se podia entrar com caes no tal templo, ele levava os 3 livros que tinha direito, sendo um de contos e outros dois do que fosse.
sempre lia acariciando a Criatura Cachorro. q nao tinha nome, mas, talvez por isso, sempre atendia a um "vem", um "aqui", ou ate mesmo um estalar qualquer dos labios.
já tinham lhe contado que a grama era mais verde la pelos outros lados da cidade, mas gostava de morar ali. era perto da biblioteca. e so.
mas alem disso, para nao dizer so isso, tinha preguiça de se mudar.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2005
domingo, 2 de janeiro de 2005
terça-feira, 21 de dezembro de 2004
segunda-feira, 20 de dezembro de 2004
quinta-feira, 9 de dezembro de 2004
domingo, 5 de dezembro de 2004
The grass is much greener
On the other side
And I paid a visit
(Well, it's possible I missed it)
It seemed different,
Yet exactly the same
'Til further notice,
I'm in-between
From where I'm standing,
My grass is green
Someone once told me
The grass is much greener
On the other side
musica tema de "As told by ginger" um dos melhores desenhos animados da nickelodeon!
:) e a musica...eh tudo a ver com........... tudo! :)
terça-feira, 30 de novembro de 2004
Música hindú contrabandiada por ciganos poloneses faz sucesso no interior da Bolívia.
Zebras africanas e cangurus australianos no zoológico de Londres.
Múmias egípcias e artefatos íncas no museu de Nova York.
Lanternas japonesas e chicletes americanos nos bazares coreanos de São Paulo.
Imagens de um vulcão nas Filipinas passam na rede de televisão em Moçambique.
Armênios naturalizados no Chile procuram familiares na Etiópia,
Casas pré-fabricadas canadenses feitas com madeira colombiana, Multinacionais japonesas instalam empresas em Hong-Kong e produzem com matéria prima brasileira para competir no mercado americano.
Literatura grega adaptada para crianças chinesas da comunidade européia.
Relógios suiços falsificados no Paraguay vendidos por camelôs no bairro mexicano de Los Angeles.
Turista francesa fotografada semi-nua com o namorado árabe na baixada fluminense.
Filmes italianos dublados em inglês com legendas em espanhol nos cinemas da Turquia.
Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses na Nova Guiné.
Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul.
Pizza italiana alimenta italianos na Itália.
Crianças iraquianas fugidas da guerra não obtém visto no consulado americano do Egito para entrarem na Disneylândia.
Titãs
terça-feira, 16 de novembro de 2004
na cidade tornada palco, o citadino se destitui da capacidade criadora e transformadora, assumindo o perfil de consumidor do produto urbanismo, desvinculando-se de seu papel político enquanto agente da produção do espaço e da cidadania. um citadino-objeto, associado à imagem da cidade sujeito, como um filho obediente, no colo de uma mãe dedicada.
sobre o filme "Show de Truman" de Peter Weir....leia (muito) mais aqui.
sábado, 6 de novembro de 2004
terça-feira, 26 de outubro de 2004
segunda-feira, 25 de outubro de 2004
(Clarice Lispector, Um Sopro de Vida)
quinta-feira, 21 de outubro de 2004
quarta-feira, 13 de outubro de 2004
sábado, 9 de outubro de 2004
sexta-feira, 1 de outubro de 2004
terça-feira, 10 de agosto de 2004
segunda-feira, 2 de agosto de 2004
quarta-feira, 28 de julho de 2004
o nome disso eh carater.
o nome disso eh luta.
o nome disso eh fi lo so fia
o nome disso eh dor
o nome disso eh roubo
o nome disso eh apendice
o nome disso eh a nes te sia
o nome disso eh pele
o nome disso eh cabelo
o nome disso eh lagrima
o nome disso eh bi o lo gia
o nome disso eh medo
o nome disso eh coisa
o nome disso eh angustia
o nome disso eh te ra pia
o nome disso eh iludir
o nome disso eh pensar
o nome disso eh sorte
o nome disso eh lo te ria
o nome disso eh tregua
o nome disso eh panela
o nome disso eh doença
o nome disso eh co var dia
o nome disso eh carapuça
sexta-feira, 9 de julho de 2004
segunda-feira, 5 de julho de 2004
sexta-feira, 25 de junho de 2004
terça-feira, 27 de abril de 2004
domingo, 25 de abril de 2004
quarta-feira, 21 de abril de 2004
aquela cara cinzenta - moldei em barro rosa.
as outras letras, branco.
e exceto elas, tudo tatuado em minha mente.
o galo de alice
a vida fluida de samuel
o filho do steve
a agua sanitaria de um estado superior de consciencia
e todo aquele sapo da cadeira prateada, principalmente.
tava pensando aqui agora.
segunda-feira, 12 de abril de 2004
segunda-feira, 5 de abril de 2004
disseste que se tua voz tivesse força igual a imensa dor que sentes
teu grito acordaria nao so a tua casa. mas a vizinhança inteira.
"eh sangue mesmo, nao eh mertiolate."
E todos querem ver e comentar a novidade
ei menina branca o que e que voce faz aqui
deve ter uns 18 no maximo. esta magra e palida e nao era vesicula ainda. (sera que existe vida em marte? o carinha da tv nao quer calar a boca e quer o meu dinheiro e as minhas opinioes.)
nao eh mero acaso ou desconsenso nao eh moradia nem era verdade.
janelas de vidro, garagens vazias. lençois. existem muitos formatos.
que so tem verniz e nao tem intençao.
tava no soro, levei um livro mas alimento pra cabeça nunca vai matar a fome de ninguem. hoje nao da. esta um dia tao bonito la fora
e eu quero brincar. (de qualquer quintal faço cidade)
e enquanto isso na enfermaria todos os doentes estao cantando sucessos populares. nos assistimos televisao tambem qual eh a diferença?
se o mundo eh mesmo parecido com o que vejo prefiro acreditar no mundo do meu jeito
mas entao porque eu finjo que acredito no que invento? nada disso aconteceu assim
tudo acontece ao mesmo tempo
nem eu mesmo sei direito o que esta acontecendo e dai, de hoje em diante todo dia vai ser o dia mais importante.
nao digo nada, espero o vendaval passar
....e quando acho q estou quase chegando, tenho que dobrar mais uma esquina.
nao sei onde estou indo so sei que nao estou perdida
aprendi a viver um dia de cada vez.
sábado, 27 de março de 2004
quarta-feira, 10 de março de 2004
pediu para ir na frente, ja que ele iria abrir a porta. ela, muito timida, aceitou. correu para que ela nao fugisse, nao desandasse. seu estomago tinha borboletas gelidas e inquietas, e a mao (que lavara a outra dezenas de vezes aquele dia) carregava uma pasta e um folheto com o endereço. sera que iam gostar dele?
chamou um taxi para nao ter empecilhos e levou um pente para quando bem pertinho estivesse. ia observando os canteiros em obras, as placas dos carros e o espelho retrovisor... estava demorando e ele quase não queria chegar....
quase chegou. a rua era aquela, sera que vão gostar dele? mas que cor seria o muro, as janelas. que raça seria o cachorro, sera que bebiam em canecas? como seriam as cortinas, será que gostavam do Rei?
teria ele um irmao? uma irma? varias tias sete primos? bisavô ainda? com quantos vasos quebrados chatearia sua mae.
seriam calmos, revolucionarios. teria um pai cientista? que planta linda, que flores bem cuidadas.beeee. como seriam as festas de natal? quem tiraria no amigo secreto, escondiam ovos para as crianças? sera que vão gostar dele? guardavam a sobremesa para quem nao ia almoçar? faziam coleta seletiva do lixo? colocariam os pés em cima da mesinha? leriam o povo ou o diario?(Coragem teria ido embora?) sera que era advogado, politico, alguem importante? sera desleixado, maluco. contaria ele piadas sobre si mesmo? o que teria para jantar, sera que poderia tomar banho ali, como seria seu quarto reservado. sera que reservaram um quarto. quanto tempo demorariam para contar lhe como se conheceram. Sera que diriam a verdade? sera que guardaram sua certidão seu cabelo seu umbigo. sera que vão gostar dele,
Eles nao moram mais aqui. acidente de carro.
sábado, 6 de março de 2004
como se ja tivesse intimidade. ta certo que um dos contos mais gostados por ela na 4a serie era Dele, mas era uma simples fotocopia. da obra prima, um pedaco apenas.
por isso leu de detras pra frente: Aquele estava no final. na verdade, haviam lido pra ela, com uma voz doce e segura, que mudava sutilmente de timbre e ou tonalidade para cada personagem ou expressao. (e quem e que nao sonha em ouvir historias assim). pensou que ficaria emocionada com a lembranca do conto, com aquela epoca em que Clarisse nao era livro paradidatico ou um dos dez que apareceriam no vestibular - um dos mais provaveis -. nem ao menos era diferente dos outros livros bons que lia. pois bem, ela nao ficou. com isso nao. sua boca secou pela pureza do ato. como ficava sempre. claro que nao seria o mesmo se o que pusesse em sua - dele - frente e abrisse delicadamente fosse uma lista telefonica, bula de remedio ou o jornal do dia anterior, mas foi isso o que a deixou meio sem tedio. meio sem ar. )
e ai ela teve uma visao diferente.
da que teve na epoca.
acho q vale a pena.
A bela e a fera (ou a ferida grande demais)
segunda-feira, 1 de março de 2004
"Não se pode engordar um grayhound" ela pensou. Pois não havia mais jeito de voltar atrás para aquelas tardes em que o chão era gelado e os pés não tocavam os tacos de madeira mal assentados. Olhava a janela desajeitada porque sua bolsa carregava muita coisa. Coisas de que não precisava sempre, mesmo que fossem coisas úteis. Mas a alegria, que a fazia levantar as orelhas, não examinava o peso em suas costas ou em seu ombro.
Eu não disse que era uma tarde quente, disse? Pois era. E como não podia deixar de ser, ela estava de preto, que combina com o banco do ônibus, o branco-vermelho das calçadas, que agora são em pedra portuguesa, e com aquela bolsa (tão colorida) que fazia chocalhos na cabeça de quem a olhava. Era melhor assim. Olhavam a bolsa e esqueciam-na ali, de preto, no canto. Mas sempre, sempre na janela.