sexta-feira, 27 de maio de 2005

como saber nossa alma? como saber sem a ver. a alma dos outros e coisa facil. quase adestrar um afghan. espelho pendurado na minha frente e atraves atravesso. meu inverso, avesso a c alma.
como caber nossa alma? em seres tao insignificantes, que riem choram e batem palmas.
como supor nossa alma. entrelaçada em caretas e olhares. gestos gostos gestalt.
somente com outra alma. uma gemea-alma, que te reflete te repete te complete.
pra ter um espelho na frente, tenha um amor do lado.

quinta-feira, 26 de maio de 2005

das pessoas, Pessoa
dos desenhos, a risco.
dos poemas, Antunes
das noites, minguantes
dos olhares, incertos
das cabeças, um mundo
das verdades, o sonho
dos Augustos, dos Anjos
das renuncias, assumo
das vaidades, perfume
das poesias, a concreta
da arquitetura, o concreto
das cadeiras, encostos
das ladeiras, as de pedras
das conversas, as com versos
das janelas, as da alma.

sexta-feira, 20 de maio de 2005

passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora passou agora paz sou agora

quarta-feira, 18 de maio de 2005

.

Pronto,

O agora passou.
agora paz sou.

e agora?


.

terça-feira, 17 de maio de 2005

minha paciencia esta curta
e meu cabelo esta longo

algo esta erado.

segunda-feira, 16 de maio de 2005

ei, apaguem as luzes
nos queremos ver as estrelas!

sábado, 7 de maio de 2005

aquele rosto parecia com algum. mas estava uns 10 anos mais velho. via se poucos cabelos pretos, mas o olhar e os oculos eram os mesmos, apesar dela parecer dimunuida.
nao tive certeza, mas me lembrei de todas as conversas, as travessuras, as bobagens. de quando ela me dava biscoito quando o lanche era salada. ou sorvete quando era banana e aveia. de quanto me ensinou a fazer e a comer. de quando tiramos fotos, de quando a gente se abraçava. de quando deixava repetir o milqui sheique.
ela mal lembraria disso eu acho. nao levantou a cabeça. nao me viu.
engraçado que como eu passava por ela, muitos ja tinham tambem. e ela ainda ali. como um mestre que ve sua turma se formar. sera que os outros a tratavam com carinho?
olhei pra farda. eu tinha certeza.
certeza de que era aquela mulher humilde, que, por ironia, nao sabia quase escrever, mas que ressonava palavras de seu coração.
a tia conceiçao
Ção Ceis mulheres ao mesmo tempo.