domingo, 23 de junho de 2002

Ganhei uma flor essa semana...........
Uma rosa, sendo exata.
Quem ganha uma flor não deveria se preocupar com coisas como as que eu me preocupei em pensar.
Como pode existir um Ser tão perfeito? Um monte de pétalas harmonicamente formando a flor......chega dá frio na barriga só de pensar que eu não teria essa idéia nunca (caso me elegessem como Deus um dia).
E por que a tiram de seu habitat natural?
Mas pro meu prazer, (prazer egoísta, é verdade). Eu a tenho aqui, “presa”, só ela....
Como algo que enquadramos, como o pássaro que crio. Ele poderia ter o mundo todo...o céu. E eu, insensata, o prendi. Ele estava ferido, e não iria sobreviver se eu o soltasse (nem agora, pois não saberia encontrar comida, sozinho), mesmo assim, atrapalhei a ordem natural das coisas.
Eu tenho uma rosa. Vê-la desabrochar é tão emocionante e discreto quanto crescer, quanto viver. Lembrei de uma poesia feita por um amigo, que acho genial! Entretanto, a superficialidade que teve a rosa, veio com um sentimento que a supera. Eu também amo.
Ai vai a poesia:

“Das mais belas harmonias. Surgem suas formas. Formosa, bela e cheirosa
Como devem ser as rosas. Superficial, egoísta e financeira. Assim seu perfume
Cheira. Cartões belos e poéticos, $$$$$$. O verde da paisagem pra gastar.
Sentimento em seus atos. Gestos a diferenciar. De onde a vida surgiu. Nem
lembrar. Inútil, quanto mais inútil sonhar.”
C.H.A.


E tem muito mais de onde veio essa!

Juliana Campelo


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